terça-feira, 29 de março de 2011

#FREAK...

- Oi, tudo bem?!
- Tudo!
Considero coisas desse tipo como #FREAK. Respostas curtas que não possibilitam uma continuidade na conversa. Mesmo quando está na cara da pessoa que quer conversar também.
- ?!
- ?!
- Ri, ri, ri!
Porque pra mim é simples negar, afirmar e perguntar.
[Conversa atravessada]
­­- Gente, vamo comprar pipoca, pra comer com o filme? [?!]
- Já viu esse filme?
- Sim.
- Gostou?
- Não.
Aí então permanece o chamado “sem gração” ou o climão vergonhoso. Então todos menos um, Eu, começam a agir estranhamente, #FREAK. Perdem se da sua naturalidade para satisfazer ou tentar contornar o que os afligiram, logo #FREAK.
[ SHIIIII!, GLUTE!, GLUTE!, GLUTE!, CREW!, CREW!]
- Bz, bz, bz.
- Bz. [Nota-se que ainda cochichando as respostas são curtas.]
- E aí tá gostando do filme?
- “  ” [Cabeça balançando uma negação]
- Mas vamos ver então, continua aí. Apaga a luz.
Então os olhos perdem a água, a boca a palavra e o cérebro o raciocínio. E novamente no escuro os outros começam a agir estranhamente. #FREAK!

Em um momento introspectivo de retrospectiva antes da sessão cinema em casa descrita acima lembrei: não houve flerte - #FREAK -, não houve paquera - #FREAK -, não houve nem uma cantadinha - #FREAK. O que houve foi uma coisa (abstrato) ‘arrumada’, como coisas (objetos). Começar a agir estranhamente para eles pode ser normal, para mim #FREAK.
Alteridade da minha parte houve, minhas percepções foram anotadas e agora chega a conclusão. Sete ou oito dias depois me perguntaram: o que você acha disso? 

Resposta: #FREAAAAAAAAAAAAK!

*FREAK: Aberração.

terça-feira, 22 de março de 2011

Meu pinto, meu guia...

Meu pinto pensa por mim, guia para minhas tendências, meu pinto define quem sou. Como todo pênis é torto ou meio torto o meu tem uma tendência, não importa se é de direita, central ou de esquerda. O grande membro que aponta é o corpo de ação, que se estende até o meu ego. As minhas preferências são demonstradas pela minha excitação.

Meu cérebro são os testículos que ajudam na contração dos músculos. Meu prazer pelas coisas e pelas pessoas é como a excitação do meu membro. Se hora esta mole é porque não houve interesse. Borrachudo e sem graça quer dizer que a brochada foi total. Se estiver duro você já sabe, quero agora e quero já. Duro e rígido, latente e pulsante podem ser os sinônimos da minha vontade.

Meu pênis [ego] me levou pra várias enrascadas. Meu pinto me pôs em situações que todos teriam vergonha de assumir. ‘My king size’ me salvou de situações piores. Meu membro me fez tomar decisões difíceis. Meu senso me faz cuidar de mim, do jeito mais incoerente que alguém possa avaliar.

As ereções matinais diárias não quer dizer nada sobre a mim, a priori. As ereções matinais podem ser a minha preferência por estar acordando, mas nos dias que nem as noto é porque não queria ter acordado. Tomo cuidado para não demonstrar minhas ereções. Elas acontecem a todo o tempo. Quando mole e mesmo assim alguém chega procuro um meio de deixá-lo duro com outra pessoa, outra coisa.

Meu pinto, meu guia, quando nas calças minha vontade não foi vista mas espere até o momento da nudez.

sábado, 19 de março de 2011

Resfriado por conta das idiotices captadas.

Minha boca é o canal que expulsa toda impureza do ar captada pela pupila. Essa constipação me causa sintomas comuns para um resfriado viral ou bacteriano, incomuns para as incertezas humanas. Alguém infectado me passou esse maldito mal.

Se virar uma pneumonia temo que o caso será irreversível. Sinto os pulmões cheios. Neste caso meu cérebro não suporta mais toda a idiotice que não me é aprazível. E quando os pulmões parecem encharcados vem o escarro e depois um cuspe. Em casos de pneumonia mais grave é o sangue que vem à tona.

Por enquanto o catarro que quero expelir é verde, somente verde. Do tipo nojento e pegajoso. Há algo que pula na minha língua que me faz falar o que sinto. O nariz parou de filtrar aquele ar impuro. Esses males podem parecer hipocondria, mas não é. Esses males afetam as outras áreas do corpo.

Os sintomas são os piores, parece que meus órgãos vão falecer pouco a pouco. Confusão mental é uma causa que me prende a cama. A tosse novamente traz o pigarro que em seguida vem o catarro. E novamente vou falar grosserias, coisas estúpidas, desagradáveis, sem noção. Muitos não vão se agradar. Dor são várias a pior delas é a do tórax ou da minha cabeça. Alguns já desistiram de mim e preferem me fazer feliz não olhando pra mim.

Sem surpresas vou tossir de novo e de novo...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Infarto agudo do "miocárdio" ocular

Meu olho pulsa como se fosse um coração. O coração de carne dito na medicina de miocárdio. Sinto que há um ventrículo direito passando sangue para o esquerdo. O sangue está sendo jogado para o glóbulo ocular para que seja misturado ao oxigênio respirado pela minha pupila. Todo o sistema que controla esse movimento age de forma autônoma, independente. É um movimento voluntário.

Sinto meu olho sendo invalidado pela raiva e o estress. A gordura que esta presa nesse canal faz o sangue correr mais rápido, não há nada suave. Não tenho saída e me parece que o caso é grave, não há cateterismo que resolvera. A gordura que recebo por meio das informações esta se depositando ao longo desse canal. Cada vez mais torna difícil, esta pulando cada vez mais rápido. É uma dor que parece querer arrancar meu olho da face, vou ter um infarto no olho

A gordura esta sendo eliminada sem ser processada, não se aproveita quase nada e mesmo assim como cada vez mais coisas gordurosas, está tão fácil como conseguir batatas frita, salgado de terminal, pastel...

O ataque vai com certeza deixar sequelas caso eu sobreviva. E se sobreviver não vai adiantar, minha pupila continuara respirando e de alguma forma ou outra continuarei ingerindo gordura empurrada goela abaixo. Dessa vez será até pior, serei alimentado forçadamente, talvez por sonda ou comida pronta e em mingau. Parece-me que há algo no ar que faz minha boca querer espirrar.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Predisposição a confusão – Anexos

Nem pensando na confusão que viríamos ter, resolvemos sustentar o vício. Um sedã e 5 marmanjos a procura de um Hilton ou Marlboro que seja, na pior das situações a apelação era para o Derby prata.

Sem pretensão saímos para comprar tal objeto fumaçável, ainda sem pretensão chamamos 3 lindos pares de magras pernas para a festa de um jeito não tão convencional. E para melhor entendimento transcrevo em diálogos.

- Renan, mexe, mexe!
- Vou falar o quê? Oi meninas, vocês tem programa?
[Dentro do carro: risos! Fora: susto e pânico por parte delas, desespero e paço acelerado.] Ainda insistindo:
- Vocês ‘conhece’ o perro-loco? [Ouve-se um suspiro de “ai, meu Deus”].
[Dentro do carro: risos aos montes.]

Das várias impressões possíveis enumero algumas das quais elas podem ter pensado: ele é doido, corre!, é um tarado, corre!, se um cara chama pra programa não quero nem saber o que é perro-loco, corre!, é hoje que vão roubar nossos rins, corre!...

Para retomar a ideia de que não temos habilidades construtoras isso é um fato que faz com que destruamos toda e qualquer possibilidade de contato fácil com o sexo oposto desconhecido.

sábado, 12 de março de 2011

Predisposição a confusão - Parte 3

Quebrei a caixa de isopor com um pé só. Bem na tampa, bem no meio, bem encima. Não demorou muito para o dono aparecer. Alguém de 1 e 90 de altura, forte e que ameaçava pelo tom usado. É, parece que hora de ir embora ou a coisa vai ficar pior.

Segurança vivo é segurança atento. No primeiro momento a confusão foi evitada, parabéns. É hora de juntar o pessoal que falta e ir embora. É nessa hora que alguns seres são desnecessários, dois deles que acompanhava um amigo demonstraram isso. Sumiram, desapareceram. Mortos ou não eles tem que retornar para suas respectivas famílias.

São eles que nos prendem a confusão gerada pela caixa de isopor quebrada. Como ir embora com duas pessoas que faltam? Como ficar com o perigo a nossa volta? Dois seguranças me aconselharam a não ir para o epicentro da confusão, pois eu era o pivô. Fiquei tentando preservar-me fisicamente, mas moralmente destroçado. Meu amigo tentado ser chanceler, diplomata, relações públicas, negociador, intermediador...

A confusão estoura. A negociação falhou. Cerveja na cara, motivo para briga. Chutes ao ar, socos ao vento. Um deles no rosto de um amigo, outro nas costas d’outra amiga. E então uma cadeira voa, uma garota pula nas costas de um grandalhão. A indignação é total. O sistema é falho, a polícia não é milícia, não é ordem, a polícia é burra e estúpida. Retarda-se para eximir-se do erro. A polícia é acionada e a polícia não faz nada. Não cumpre seu papel preventivo, nem de pós-ação.

Diante da viatura uma das amigas ainda cai pela pesada levada nas costas. Barro e sujeira. Gritos e indignação. Policial burro, policial estúpido viu e fingiu que não viu. Três ou quatro pessoas gritaram para que prendessem os agressores. Não confio na polícia, e tenho certeza que muitos deixaram de confiar.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Predisposição a confusão - Parte 2

Não premeditamos encontrar pessoas traumatizadas com a nossa presença d’outras paragens, d’outras noites. E nem pensamos na possibilidade de encontrar ela novamente alguma vez em nossas vidas. ROSA ou ROSÁLIA uma cantora, a cantora. E o desafio foi dado, repetir o feito e acabar de vez com nossas imagens perante esta pessoa. “Luiz, o lance é o seguinte. A Rosa está aí, vamos subir no palco e VOCÊ fala no microfone. ROSA MAS VOCÊ AINDA TEM UM CHEIRO DE BUCETA.” Desafio dado é desafio a ser cumprido, FEITO!

E depois de tudo chega aos meus ouvidos que fui considerado LOUCO. E que ela a cantora solicitou assistência o tempo todo. Mas ainda sim continuo encontrando pessoas. Belas pessoas, boas pessoas que não via há algum tempo. Beijos, abraços, beijos e abraços. Como é bom encontrar essas pessoas em lugares assim como este. Uma hora ou outra é bom encontrar essas pessoas em lugares assim como este. Uma hora ou outra vou precisar conversar qualquer asneira com elas, outras duas ótimas amigas e é bom que elas fiquem por perto. A cerveja mata a sede provocada pelo tumulto, pelas pessoas e pela fumaça do cigarro.

Quando o som fica bom é hora de dançar, de pular, de paquerar, de se sentir livre. Todos ao som de boa música, todos pulando, muitos paquerando, muitos livres. Subimos em mesa pela liberdade, nos sentimos livre. As propostas não param de vir: “- vamos até àquelas gatas, dançar?”. Descer da mesa só de uma maneira pulando no próximo apoio visível. A caixa de isopor me deixa a um passo do chão e a um passo da desfiguração facial.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Predisposição a confusão - Parte 1

      A noite estava calma e alguns abutres desta famigerada cidade estavam sem propósito. O que sangra a sua boa vontade de sair é o transporte público. O chamado é dado quando o telefone toca e a pergunta do sábado a noite após as 20h é o sobre o que fará nesta noite. ‘Nada, sem planos’ a resposta. – Vamos ao perro-loco?

     Já na festa me alcoolizando dentro das economias possíveis e com horário previamente marcado pra voltar encontrar rostos conhecidos é comum. Habitantes em Goiânia são 1 milhão e tantas outras mil mesmo assim é fácil encontrar por aí rostos conhecidos. São rostos e chapas. Risos e cumprimentos, abraços e um grito lá detrás “MALDITO, VOCÊ ESTÁ AQUI!”.

     Conversa vai conversa vem, os risos são inevitáveis. Lembro aqui daquelas outras histórias. Sempre que planejamos alguma coisa NUNCA dá certo é incrível isso. Há sempre da nossa parte uma vontade destruir alguma coisa e voltamos pra casa frustrados, pois não conseguimos nem construir. Quando acabamos com algo de fato é porque nada foi premeditado. E acabar com aquela festa não foi premeditado. Seriamos os piores assassinos em série que Goiânia poderia ter.