quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sobre meu 'falso' casamento...

Caralho! Acabo de perceber uma enorme angustia adulta. Tenho responsabilidades de casa, trabalho e estudo e de forma indireta uma "nova concepção de família". Para melhor contextualizar estou sendo despejado do meu local atual onde pago o aluguel. Junto comigo vai outro amigo que... Não tem pra onde ir.

É o último dia para que eu permaneça nesse local e o contrato do outro lugar está demorando a liberar. A burocracia no país nos impede ou limita a fazer muitas coisas. Estou passando por um momento muito difícil com imobiliárias, acho que de um modo geral.

Pra aumentar o desespero da vida adulta devo citar que este amigo vai ser pai e que no mais tardar sua atual namorada estará morando conosco junto com um "fruto de uma noite de amor" - arriscada para tempos atuais, falo isso sobre o fato de não ter usado camisinha.

Na onda da responsabilidade e do desespero estou forjando um casamento para a rede de imobiliárias para que eu possa conseguir um teto independente da responsabilidade materna. É meus amigos... casando. Assinalar papéis de declaração mútua de relacionamento. Isso que é amizade...

Estou tendo um casamento quase que formal, beirando a informalidade, quiça em praias estrangeiras. Viajei aqui né. Quero dizer que esse casamento é muito informal mesmo. Minha amiga em busca de liberdade materna topou a parada, pois acredita que seu potencial intelectual irá aflorar convivendo fora do convivio com os pais.

Véeeeeei, eu to casando, por picaretagem de causa nobre. Causa essa que me possibilitará moradia, melhor pra mim bom pros amigos que são quase que irmãos. Em minha casa acolherei amigos próximos e distantes, esposas de amigos e quem sabe um bebezinho, não meu é claro.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pedras

Feche seu coração, torne-se uma 'pedra'. Ela parece ter mais utilidade do que a alegria da flor e do capim que nasce ao lado dela.
Nunca ofereça alegria ao seu emprego novo. Não é objetivo.
Não ofereça alegria na espera do próximo onibus, na faixa de pedestres enquanto espera pelo sinal verde. O caixa do supermercado não quer sua alegria, pois ele não está alegre.
Note que as 'pedras' são mais úteis, pois são estáticas e estupidas. 'Pedras' sociais tem foco e objetividade.

Ilusão

Denovo senti que vivi uma realidade. Tolo eu não reparar as bordas esbranquiçadas e nem perceber que o longo caminho, aparentemente feliz não terminava.
Vazio, vazio, vazio, vazio...
O copo anda vazio,

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Socos foi só o que pedi

Se eu pedisse um soco seria menos sincero porem mais honesto. Com os punhos sentiriam-me fisicamente pior entretanto subjetivamente melhor. A falta do ar seria mais suportável do que o vento frio do vazio.

Dor breve de um veneno leve

São algumas coisas que para esta merda, acaba não fazendo sentido. São frases aleatórias jogadas as sinapses para que sejam ou não propagadas.

Só sei que sinto uma dor tao profunda que a cada tragar do ar é como se decesse um gole de cicuta. Vou me blindar, vou me proteger, e acho que vou me proteger de você(s).

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

“É tudo uma questão de escolha...”


“É tudo uma questão de escolha...”

Depois de uma meia garrafa, duas ou três cervejas e outras doses volto a escrever aqui neste blog. Minhas impressões são contestáveis, mas para este espaço é somente eu. E não me importa o que falarão aqui. Os cigarros que fumei e as cinzas que deixei não são tão piores quanto as cinzas que deixaram de mim.

Nossas escolhas nos tornam mais fracos, medíocres, ridículos. Eu escolhi gostar de pessoas e as pessoas escolheram não gostar de mim. Resolveram irem embora no próximo ônibus que veio. Partir para o perto e o longe. Sou egoísta sei, mas não podiam ir embora, não podia ir embora. Podia ficar comigo, pelo menos pelos próximos 5 minutos e/ou 30 minutos.

Gostaria de gastar meus últimos minutos com uma pessoa,  eu escolhi. Não é assim, assim não é a escolha do outro. A escolha do outro é sempre diferente, diferente são os caminhos. Escolher é difícil, difícil para quem tem 25, como eu, deve ser mais ainda para quem tem 40. Pois quem tem 40 sabe muito mais da vida e sabe que as escolhas de um pós juvenil é sempre uma escolha errada.

Escolher é a sina do nossa maldita vida. Eu escolhi. E você..., as vezes, não. Não que você seja estupido, pra mim você só ainda não escolheu.

Nossas escolhas são baseadas no medo. Nosso medo de confrontar pessoas, pais, amigos, amores. Temos medo de nossas paixões, temos medo de tudo. Somos um bando de fracassados que não sabemos de nada.

Eu escolhi gastar dinheiro, escolhi que não moraria mais com minha mãe. Tinha escolhido antes e por medo não sai. Fui corajoso de sair, fui corajoso de escolher. Hoje sou medroso em dizer certas coisas. Sou um verme que se resume a analisar, observar.
 
Nós vermes estamos no fundo como estão os detritos de um rio poluído. E qualquer coisa nos transforma em bestas feras prontos para devorar, apavorados esperando o próximo alimento. Detritos são assim, pois o primeiro pé no fundo do lago, faz com que todo o pó suba. E se misture a água suja.

Você não escolheu ficar comigo, eu fumei, ouvi meu som. Me tornei mais alguém, me tornei mais útil a mim mesmo, me tornei eu. Não me tornei você. Não sou você. Você não é eu. E eu, sinceramente, não sei o que você escolheu. Foi bom enquanto durou, aqueles cinco minutos, são pra mim dois mil anos.

É um instante que demora mais que o suficiente, mais que o necessário pra que seja bom pra mim.