sábado, 12 de fevereiro de 2011

Noite e madrugada.

       A madrugada é sempre decadente. A ingestão de álcool sempre começa lá pelas 10 da noite. É ruim quando entra a madrugada e todas as boas opções de beber estão fechadas. Privam este e outros indivíduos da única alegria da noite.
 
      Já são 2 horas e você esta num lugar conversando, fumando e bebendo e aparentemente o clima e o ambiente esta bom. Eu disse aparentemente, pois há entre os intervalos de pausa momentos que o mal-estar é evidente, mas não é mal-estar físico e sim psíquico. Você esta ali mais que pela obrigação do que pela vontade. E a única vontade é sair das pequenas percentagens de etil e passar para as mais elevadas.
 
      Já são 3 e mesmo assim você está conjecturando levantar-se da cadeira e buscar abrigo em outra soleira. Aquele bar já deu no saco, ou você vai embora, ou gasta o que sobrou.
Já são 3 e meia e não passa mais ônibus então sobra a alternativa de ficar e beber. Mas você não quer mais ficar então me aparece o entrave no peito e no estômago. A opção mais próxima para encontrar algo que realmente pega fogo está fechada ou pelo menos a uns 30 quarteirões.
 
      Vamos por aí e por ali. Não foi um prazer porra nenhuma te conhecer, nem cheguei a conversar. A sua cara é detestável e nada além disso. Deu pra ouvir só o prazer-porra-nenhuma. Há um mercado que talvez atenderá as nossas vontades vinho barato e bom, mentira! Novamente cerveja, e dessa vez mais barata para os meus cents que sobraram.
 
      São 4 e meia. Há uma lei na cidade que proíbe os cidadãos decadentes de fumar em ambientes fechados, a lei não funciona e nem a cidadania. Acendo um cigarro no supermercado, o resto ri, mas mesmo assim participa, fumam também. Nosso risco é o segurança, um bundão, pois ninguém vê ou finge que não vê.
 
     São 6 tem-se a aurora. Somos impedidos de beber e fumar nas mesinhas dentro do supermercado. Mas não somos impedidos de beber do lado de fora. Comparados a vira-latas nosso lugar é lá com os cachorros. Água suja, banheiro imundo e imundices proferidas. Fica a dúvida de mim, a duvida do mundo, a duvida de tudo. 

     Viverei assim ou morrerei herói? Não salvo ninguém e nem eu de mim mesmo. Preciso mudar, preciso negar todas as crendices padrões, preciso me impor, preciso dormir.

Um comentário:

  1. "Preciso mudar, preciso negar todas as crendices padrões, preciso me impor, preciso dormir."

    Massa!

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